Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

Fechem a porta ao sair.

PS-Porto dá orientações para que as concelhias façam o levantamento de militantes que se candidataram como independentes.

O líder da distrital, Renato Sampaio, tinha já avisado que quem se candidatasse contra o PS acabaria por sofrer consequências políticas, correndo mesmo o risco de expulsão. Isto antes de acusar os militantes de não se terem empenhado tanto como deveriam.


Com isto o partido demonstra a sua intolerância para opiniões divergentes.
Pedro Baptista, que encabeça as vozes de descontentamento internas, veio já afimar que "o PS é um partido democrático que não admite caça às bruxas".

Prevê-se que as os alvos de Sampaio sejam Narciso Miranda e Maria José Azevedo, independentes em Matosinhos e Valongo, assim como uma lista à Junta de Freguesia de Santo, composta por um grupo de independentes mas na qual faziam parte militantes do PS.

A questão fulcral é: se A ou B não concordar com o actual projecto da distrital/partido e quiser fazer algo para mudar tal, com uma candidatura independente, deverá imediatamente ser expulso..? Deverão os interesses do partido prevalecer acima de quaisquer outros, nomeadamente os da sociedade..?

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por nunodc às 19:54
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Segunda-feira, 12 de Outubro de 2009

Só podia acabar mal.

 


Elisa Ferreira tornou-se num nome incómodo entre o PS, num processo que conheceu muitos altos e baixos.

Deu-se primeiro a exaltação inicial, após o seu nome ter sido
aprovado por esmagadora maioria pela concelhia do PS Porto.

Surgiu depois o caso das duplas candidaturas, onde foi pressionada para renunciar ao seu cargo no parlamento Europeu, para o qual foi eleita a 7 de Junho. Não o fez.


Reafirmou a sua intenção de manter a candidatura à Câmara do Porto até ao fim,
depois de ter recebido de José Sócrates e do líder da distrital do PS/Porto a garantia de "apoio total" e de confiança política.

Tudo estaria bem até que o PS Porto decidiu, em várias situações,
não acompanhar Elisa Ferreira em acções de campanha.

As eleições confirmaram o cenário que se previa. Elisa conseguiu apenas 34,7%, obtendo o PS menos 4000 votos do que em 2005.

Reabriram-se as hostilidades.

O líder da federação do PS-Porto, Renato Sampaio, acusou militantes do partido por “não se terem empenhado tanto quanto deviam" na candidatura de Elisa Ferreira.

Hoje, o
líder da concelhia do PS do Porto culpa Elisa Ferreira pela derrota, afirmando que “Não houve uma potenciação da candidatura. Houve um problema de origem. Há que fazer um debate interno para perceber claramente o que falhou. Os presidentes de junta, os militantes e secretários coordenadores mobilizaram-se, fizeram um excelente trabalho. Faltou o envolvimento da sociedade civil, que ficou confundida com a mudança de posições da candidata”.

2 observações, apenas: as de que os militantes têm de empenhar-se nas campanhas. Não interessa se concordam com a pessoa em questão, com o seu projecto político, com o que seja.. se são militantes, parece que têm automaticamente de seguir indicações, não questionando absolutamente nada.

E, depois, que o "debate interno" referido seria muito mais eficaz se envolvesse cidadãos desinteressados. Afinal, são eles que votam e que têm uma percepção real de quais as debilidades de todo o processo - e não apenas este.
Os partidos têm que têm que abrir-se o mais possível. E que só quando a sociedade perceber o seu modus operandi é que conseguirá confiar nos seus projectos..

 

por nunodc às 14:43
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Por favor.

Assim se prova a irresponsabilidade existente na política, independentemente de resultados, etc, etc... e ainda publicitam tal no facebook, como se fosse um motivo de grande orgulho.. por favor.

por nunodc às 13:18
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Quinta-feira, 1 de Outubro de 2009

O Sr. que, feliz ou infelizmente, não se segue.

 

 

Algo não está bem para os lados de S. Caetano. O desaire nas legislativas foi inesperado e mexeu com muita gente.
Não pretendo, ainda, abordar a inevitável futura liderança do PSD. Essa questão está ainda a fervilhar, só vai entrar em ebulição daqui a pouco mais de uma semana, e aí sim merecerá comentários.

Queria apenas deixar uma palavra sobre aquele que seria, na minha opinião, o líder que o PSD devia, há muito, ter.. ou alguém com as suas características, pelo menos.

Pouco ou nada sabia de Rui Rio até ele apresentar a sua primeira candidatura à CM da minha cidade, o Porto. Passei então a descortinar o seu passado e a acompanhar a sua postura no desempenho das suas funções; e devo confessar que fiquei deveras impressionado. Uma postura séria, trabalhadora, à margem de grandes polémicas; sendo alguém que consegue, ao mesmo tempo, ser simpático, cativante e acessível, como tive já oportunidade de comprovar. 


Conseguiu afastar os poderosos dos affairs da cidade, governando de uma forma ponderada e equilibrada.  

Mesmo não concordando, muitas vezes, com as suas propostas, em particular em relação à Av. dos Aliados, ao Bolhão, e aos Centros Comerciais, não tenho qualquer dúvida que decidiu da forma que lhe pareceu mais correcta, mostrando-se intrangisível em relação a quaisquer pressões.
 


Rio é, de longe, o candidato certo para o Porto, e vai arrasar, no próximo dia 11.


Diz-me quem o conheceu no seu tempo como Secretário-Geral do PSD que era rígido com as contas, não permitindo grandes gastos, deslizes orçamentais, ou situações dúbias - alguém que sempre tentou lutar pela transparência, combatendo os muitos vícios do mundo político. 


O feliz ou infelizmente do título prende-se com o cargo ingrato que é ser líder do PSD, e como muitas vezes desgasta alguém para uma vida política. Sabe-se também que, muitas vezes é preciso um grande jogo de cintura que Rio, felizmente, não tem; e, por último, que ou tem uma equipa que o rodeia à altura e dotada de grande idoneidade (o que é muito complicado), ou falhará rotundamente.

Rio ficará "com os dois pés" no Porto por mais 4 anos. Findo esse período, poderá pensar mais seriamente na liderança do partido.


Mas, pelo bem da democracia portuguesa, faz falta um PSD forte e coeso. E Rio será dos poucos que conseguem trazer tal cenário.

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por nunodc às 14:12
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