Quarta-feira, 11 de Novembro de 2009

Business as usual.

"O presidente da Ordem dos Arquitectos, João Rodeia, não está satisfeito com a forma como Manuel Salgado, vereador do Urbanismo na Câmara de Lisboa, arrumou a polémica da concentração em apenas quatro autores de centenas de processos de licenciamento entre 2004 e 2007.

A questão foi levantada no relatório da sindicância aos serviços de Urbanismo e centrava-se no facto de o ranking dos arquitectos que mais projectos apresentaram à CML em 2006 ter à cabeça duas jovens (uma com 31 anos e outra com mais três ou quatro), ambas “com ligações familiares ou outras a antigos técnicos do município”. Para além destas recordistas, que subscreveram mais projectos do que ateliers com “dezenas de trabalhadores”, havia entre os dez primeiros dois octogenários, um deles que tem presentemente 84 anos.

De quem se fala?
De uma filha de um desenhador da CML já falecido e com dois familiares ao serviço da autarquia, que diz ter “muitos processos porque somos jovens e modestos e fazemos de tudo: legalizações, restaurantes, esplanadas, propriedades horizontais, pequenos trabalhos que pouco têm a ver com arquitectura.”

E o facto de o seu pai ter trabalhado no Urbanismo da câmara até há cinco anos e ter lá familiares não facilita, segundo a própria, de modo algum, a angariação de clientes e a aprovação dos projectos.

A outra técnica trabalhava para o atelier Newspace, do arquitecto Jorge Contreiras, que se demitiu da CML no decurso da sindicância e foi há pouco acusado de corrupção e outros crimes pelo Ministério Público, devido à sua intervenção em processos de várias empresas suas.

Quanto aos arquitectos octogenários, um deles confirmou que até há três anos assinava muitos projectos de restaurantes e bares – “coisas muitos simples” – que eram feitos por técnicos da CML que não os podiam assinar. “Não lhes levava nada, mas via se estava tudo bem”, salienta. “Além disso havia pelo menos um arquitecto na CML que falsificava a minha assinatura.” Segundo diz, o seu colega também octogenário “teve um AVC”, mas ainda continua a assinar por outros porque está na miséria”."                                                     
(notícia completa aqui).


Eu continuo a dizer o mesmo de sempre. A fiscalização deve começar por cima.
E não vamos dizer que é a gestão de A ou B. Isto não é algo partidário, todos sabemos que o mesmo se passa em todas as autarquias, com maior ou menor gravidade, independentemente do partido que a lidera.

Quando começa a haver fumo, começam logo as coincidências.... um país tão idóneo, o nosso.

por nunodc às 11:31
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